Guilherme, Barão de Eschwege.
Wilhelm Ludwig von Eschwege nasceu em Eschwege, Hesse, a 15 de novembro de 1777. De seu pai, homem prudente e avisado, herdou ele o senso prático da vida e o pendor para os estudos.
Tendo concluído o seu curso na célebre escola de Freyberg, especializada em engenharia de minas, iniciou sua carreira profissional nas minas de Riecheldorf, que deixou, para percorrer a Europa, em viagens de estudo.
Em 1803, foi contratado pelo Governo português, para dirigir as fábricas de ferro nacionais, entre as quais se destacava a de Figueira de Vinhos.
Com a invasão dos franceses, depois de ter prestado relevantes serviços a Junot, no estudo dos recursos minerais de Portugal, veio para o Brasil, onde, além da direção do Real Gabinete de Mineralogia, do Rio de Janeiro, foi encarregado de estudar e incrementar a já decadente indústria de mineração. De sua obra, vasta e esplêndida, é testemunho cabal a considerável bagagem científica que legou ao mundo.
Exausto, desgostoso talvez dos obstáculos que sempre lhe eram opostos pelo próprio Governo, abandonou o Brasil em 1821, retornando a Portugal. De 1829 a 1834 viveu na Alemanha, onde, nos retiros de Cassel e Nentershausen, escreveu suas melhores obras.
Em Wolfsanger, perto de Cassel, a 1 de janeiro de 1855, extinguiu-se essa vida benfazeja e nobre, a quem a ciência tanto deve. O pai da geologia do