Pluto Brasiliensis; memórias sobre as riquezas do Brasil em ouro, diamantes e outros minerais v. 1

Apesar de todo cuidado, a apuração do ouro fino não é completa. Por esta razão, é costume recolher-se o conteúdo da bateia em um prato de cobre, chamado caco, de seis a dez polegadas(214) Nota do Tradutor de diâmetro, cheio de suco vegetal, e que se manobra como a bateia, porém com mais cuidado.

Por outro lado, ainda fica muito ouro em pó engastado nos poros da bateia. Para apurá-lo, o escravo esfrega com a palma da mão a madeira, derramando, ao mesmo tempo, algumas gotas de água em torno. Em seguida, inclina a bateia, balança-a no ar e, com um golpe rápido, entorna a pequena quantidade de água com o ouro dentro do prato de cobre. A operação se repete até que se apure todo o ouro contido na bateia.

AMALGAMAÇÃO

Em certas explorações, onde se tornou difícil a apuração pelo processo acima descrito, trataram os mineiros de realizá-la por meio da amalgamação.

Com este fim, o apurador junta um pouco de mercúrio à lama já concentrada na bateia, amassando o todo com as mãos. Quando julga que o ouro está inteiramente absorvido, lava cuidadosamente a mistura.

O amálgama obtido é deitado no prato de cobre e coberto com uma larga folha de figueira ou de qualquer outra planta, e então é levado ao fogo.

O mercúrio, volatilizando-se, vai se condensando em gotículas na folha que, de tempo em tempo, é substituída por outra mais fresca.

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