se não conseguisse chegar a Londres antes do julgamento do processo. Não tinha, portanto, tempo a perder.
O pessoal de Santo Antônio demonstrou profusamente o desejo que tinha de auxiliá-lo. Ofereceu-se para mostrar-lhe todas as obras, quer terminadas quer em curso, acompanhá-lo aonde quisesse ir e mostrar-lhe tudo quanto desejasse ver, ainda mesmo que suas investigações exigissem uma viagem à Bolívia. Havia ele, porém, chegado no domingo, e todos tinham correspondência inadiável a preparar e remeter pelo vapor do dia seguinte; "amanhã" todos estariam às suas ordens; "amanhã" organizariam um trem especial para mostrar-lhe a linha pronta; "amanhã" com prazer lhe mostrariam todos os mapas, desenhos e estimativas, para dar-lhe a conhecer quanto desejava saber; mas, por "hoje", estavam todos demasiado ocupados para dispensar-lhe atenção demorada. Finalmente, hora e meia antes do pôr do sol, no domingo, eles se prontificaram a satisfazer a curiosidade do inglês. Puseram pressão numa locomotiva e levaram-no a mais de cinco milhas de Santo Antônio. Em caminho deram-lhe preciosas informações sobre os selvagens que habitavam a região, e, em resposta às suas indagações, relataram numerosos casos horripilantes de atrocidades. Ao chegar ao fim de um pontilhão de madeira, a locomotiva parou e, apenas uma hora antes do escurecer, disseram ao Sr. Cunningham que, devido a um reparo que estavam procedendo no pontilhão, seria arriscado prosseguir a viagem, mas que teriam prazer em esperá-lo se quisesse percorrer a pé o resto da linha. Ele de fato andou um pouco, sem contudo perder de vista a locomotiva.