de garantia, entre os tomadores de títulos, na proporção do capital de cada um.
O litígio foi seguido de ferinos ataques pela imprensa, divulgados nas principais cidades da Inglaterra, dos Estados Unidos e da América do Sul. Às vezes o Coronel Church era a vítima preferida, mas, nos Estados Unidos, os tribunais e juízes da Inglaterra foram fortemente atacados. O cuidadoso exame das provas e dos argumentos apresentados à Corte de Apelação, bem como a leitura de numerosos artigos de jornal nos convenceram de que nunca houve motivo para imputar injustiça intencional ou conduta desairosa quer ao Coronel Church quer aos desembargadores da Corte de Apelação. Estes nem sequer discutiram ou consideraram a possibilidade de se construir a estrada de ferro Madeira-Mamoré, do ponto de vista técnico. Nem pretenderam decidir se a estrada, depois de construída, constituiria sucesso financeiro e traria os benefícios proclamados pelo Coronel Church.
A decisão foi, em resumo, "que do ponto de vista legal e financeiro, seria impraticável tentar construir toda a estrada com os recursos então disponíveis".
A análise dos três pareceres apresentados mostra que o raciocínio dos juízes se apoiava em duas premissas. Se fossem falsas, os pareceres não teriam valor algum, mas, se verdadeiras, somos forçados, pela lógica, a concluir da mesma forma que os desembargadores da Corte de Apelação. Esses fatos ou alegações fundamentais eram:
1) Que a concessão boliviana fora revogada por autoridade competente;