norte-americanos, desde Santo Antônio até o Caldeirão do Inferno, numa distância de 106 km. Parte da localização não tinha ainda sido feita, e, parte, conquanto já demarcada no terreno, ainda não havia sido definitivamente aceita nem pelos engenheiros dos Srs. P. & T. Collins, nem pelo engenheiro-residente da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. O ilustre Sr. Pinkas excedera, portanto, o trabalho de verificação e endossara o serviço de seus antecessores de maneira mais completa do que se poderia pretender que o fizesse.
No ano seguinte o Sr. Pinkas foi mais feliz. Dispondo dos recursos ilimitados do governo brasileiro, voltou a Santo Antônio a 17 de maio de 1884 e com cinco grandes turmas de campo continuou o levantamento de Collins, partindo do Caldeirão do Inferno até Guajará-Mirim, onde a última estaca foi fincada a 5 de setembro de 1884. O trabalho deixou muito a desejar. Sua melhor parte foi a linha reta tirada por dentro da grande curva do Madeira, acima da queda dos Três Irmãos. Nenhuma'tentativa se fez no sentido de reduzir o percurso, em muitos outros pontos. De toda a distância de 329 km, 106 foram localizados por P. & T. Collins, 123 eram constituídos por pequenas retas dentro de curvas do rio e os cem restantes simplesmente acompanharam as sinuosidades do Madeira sem consideração ao custo da construção, distância, ou topografia. Baseado nesses dados, o Sr. Pinkas proclamou que a construção da estrada de ferro seria perfeitamente exequível pelo preço total de 873.671 libras, inclusive o equipamento necessário e uma margem de 10% para eventuais.