até que o parasito da malária tenha sido inteiramente erradicado do sangue dos doentes.
O único comentário que nos ocorre fazer com relação ao que ficou dito acima é que a região ribeirinha do Madeira, por cerca de 385 km acima de Santo Antônio, durante muitos anos foi quase que inteiramente despovoada; entretanto, desde 1852, quanto o Tenente Gibbon a explorou, até 1879, não sabemos de ninguém que por ela tenha passado sem ter apanhado maleita. Além disso, quem quer que tenha seguido a nossa narrativa, terá percebido que mesmo os engenheiros Philip e Thomas Collins, quando lá estiveram, ainda que tivessem vivido quase completamente isolados de qualquer ser humano, não conseguiram escapar à infecção malárica. Entretanto, se esse fato tem alguma relação com a teoria formulada pelo Major Ross, deixamos que o digam os mais competentes. Seja corno for, o que é certo é que quem quiser tentar a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré encontrará poderosa aliada na ciência moderna e que as medidas sanitárias, desconhecidas em 1878, muito facilitarão os trabalhos se se valerem das lições do passado e das recentes descobertas com relação à infecção malárica.