O Conselheiro Francisco José Furtado: biografia e estudo de história política contemporânea

de resposteiros a derrubaram, e fizeram o que os clamores e interesses da nação não tinham conseguido fazer. O 2 de fevereiro (1844) não foi um triunfo da opinião liberal, não foi uma satisfação às exigências constitucionais do Brasil; foi uma simples vindita da corte; e a duração da nova ordem política, que daí resultava, tinha de ser circunscrita pelo tempo que persistisse a causa sentimental e pessoal que a criara."

XXIII. — Entre os dous gabinetes palacianos de 23 de março de 1841 e 2 de fevereiro de 1844 está o de 20 de janeiro de 1843. Organizado este, o conselheiro Paulino, depois Visconde de Uruguai, assim desvendou ao país as causas da dissolução do primeiro, em que fora ministro da justiça:

"As causas que originaram a crise ministerial que produziu a dissolução do gabinete, da qual acabamos de ser testemunhas, disse ele no corpo legislativo, não são de muito recente data. Existiam entre alguns membros do dito gabinete desconfianças recíprocas relativas em ponta de lealdade de uns para com os outros. Daí nascia uma desinteligência sensível e funesta, da qual devia necessariamente ressentir-se o serviço público, o que devia influir sobre o estado da Câmara e do país..."

Tal foi desde a maioridade a política constante do Imperialismo!(20) Nota do Leitor

XXIV. O conselheiro Carneiro Leão, Visconde e depois Marquês de Paraná, explicou também a causa da dissolução do gabinete de 20 de janeiro de 1843, de que fizera parte:

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