Não se espere porém isso. Para tanto seria necessário um governo nacional e não de partido, um governo amigo, protetor, representante de todos os amores e interesses, e não proscritos de metade senão da maior parte da nação, e da parte mais rica, mais inteligente, mais ordeira."
Entrego este trecho sem retaliar nem ainda comentar, são rasgos da justiça e da moderação com que S. Exa. tratava a seus adversários políticos; e limito-me a apelar para S. Exa. e para o país.
S. Exa. não se contentou só com esses golpes, com que pretendeu esmagar os ministros de 31 de agosto e, não julgando-os de todo pulverizados, recorreu à ironia sarcástica, como o senado vai ouvir: (lê)
"Este (o meio dos voluntários) seria o melhor de todos, quem dera que só por ele obtivéssemos 23.600 homens que faltam. Lembrarei um expediente, e farei com espírito sincero, sem pensamento algum reservado.
O ministério que se empenhe com seus amigos, círculos destes e localidades em que tiver mais influência, para que promovam com destridade e eficácia a apresentação e oferta de tais voluntários.
Será um grande serviço feito ao monarca e ao país, e além disso uma glória real para o partido liberal, que assim demonstrarão praticamente sua influência, popularidade e poder — ou força."
Pois bem, senhores, aquilo que o experimentado estadista, acaso perturbado pelos perigos do país, ou pelos preconceitos e antipatias de partido, julgava impossível, os ministros de 31 de agosto, tão dura e desdenhosamente deprimidos por S. Exa., julgaram possível, e até fácil. Tiveram a vaidade de acreditar, que eram um governo nacional e, confiando no patriotismo da nação, o invocaram com fé viva e inabalável;