e creio que também a não aceita o senado: e enquanto não houver audácia bastante para mandar escrever nas portas desta casa as famosas palavras que Cromwell fez escrever nas portas do parlamento inglês, depois de o haver aviltado pela mais servil obediência...
O Sr. T. Ottoni: — Não tarda.
O Sr. Furtado: - ...hei de ir protestando de quando em vez com a minha fraca voz e sempre com o meu voto contra os desmandos do ministério.
Sr. Presidente, há mais de dous anos que o Brasil celebrou um tratado, ou tratados com as repúblicas do Prata. O governo argentino já comunicou o conteúdo destes tratados ao respectivo parlamento; entretanto o nosso liberalíssimo governo ainda os conserva sob alçapão ferrado, e até hoje ainda os não comunicou ao corpo legislativo. Dar-se-á caso, que os representantes da nação brasileira mereçam menos ao seu governo, do que ao governo argentino merecem os representantes da Confederação Argentina, para que sejamos tratados com menos consideração?
Isto, Sr. Presidente, não pode nem deve continuar assim.
A guerra foi o motivo desses tratados, a guerra continua; os males e sacrifícios feitos até hoje são já enormes; nela têm perecido passante de 40 mil brasileiros, e se há despendido tão avultados cabedais que o nobre presidente do conselho declarou, que para acudir às urgências do Estado não havia outro meio senão o papel-moeda.
O Sr. Ottoni: — Assinados.
O Sr. Furtado: - Podemos, pois, considerar-nos já em bancarrota, ou quase; e tanto mais quanto