O Conselheiro Francisco José Furtado: biografia e estudo de história política contemporânea

mágoa a aludir neste momento, e exigir que ele fizesse parte do atual gabinete. Assim continuaram as nossas forças em operações no Paraguai sob o comando de três generais independentes; erro, Sr. Presidente, gravíssimo e intuitivo, e do qual todavia o governo só foi advertido pela derrota de Curupaiti, derrota de que, há quase um ano, ainda não foram desafrontadas as armas brasileiras.

Um tal erro, demonstrado por uma derrota dessa ordem, devia impor a retirada do gabinete atual, se neste país fosse uma realidade o governo representativo.

O Sr. T. Ottoni: — Apoiado.

O Sr. Furtado: — O governo não o entendeu assim em sua sabedoria; e não escarmentado, esquecendo-se de que meu principal empenho era debelar a guerra externa que, precisando do apoio de todo o país, devia evitar, quanto fosse possível, as lutas da política interna, para não alienar ou entibiar esse apoio; o governo, esquecendo-se que a sua grande campanha era contra o Paraguai, entendeu que a grande campanha que tinha de fazer era a campanha eleitoral (apoiados), era debelar seus adversários. (apoiados)

O Sr. Barão de S. Lourenço: — Apoiadíssimo.

O Sr. Furtado: — Assim, Sr. Presidente, vimos, que a designação da guarda nacional e o recrutamento, que deviam ser feitos com atividade e até com severidade, porém com imparcialidade e justiça, foram empregados com a maior parcialidade e violência...

O Sr. T. Ottoni: — Com o maior cinismo.

O Sr. Furtado: — ... para extorquir votos, e punir a quem os recusava, e nulificar a verdade das

O Conselheiro Francisco José Furtado: biografia e estudo de história política contemporânea  - Página 391 - Thumb Visualização
Formato
Texto