A leitura desse ofício desmente o que um dos membros do gabinete assegurou na Câmara temporária, que se ia cuidar dos últimos preparativos para o ataque resolvido.
As forças, que temos, não parecem suficientes para tomar de assalto as fortificações de Lopez, mormente se, como pensam alguns, a esquadra não puder vencer os obstáculos que lhe opõe Humaitá.
Um desastre, pois, Sr. Presidente, não é uma hipótese temerária e nem quase impossível, e ainda menos é a da prolongação da guerra muito além do que contávamos. Terá o governo pensado nisto e nos meios de evitar, ou reparar, os males que puder trazer-nos essa situação?
Dir-me-ão: "Confiai no governo de vosso país; não discutais a guerra."
Senhores, por demais tem durado o nosso silêncio, e esse silêncio é uma das causas da demora da guerra. Eu não posso infelizmente ter confiança no atual ministério, porque, no meu conceito, seus atos têm sido desastrados. Não contesto aos nobres ministros nem inteligência nem habilitações; não tenho competência para aferi-las, e quando tivesse o não faria; o meu direito, o meu dever é apreciar os seus atos, e estes são maus, são péssimos.
O Sr. T. Ottoni: - Está na consciência pública.
O Sr. Furtado: - Sem mencioná-los todos, permita V. Exa. permita o senado, que eu agora lembre somente alguns que caracterizam a péssima marcha do gabinete. O seu primeiro ato ao organizar-se foi aceitar a desastrosa direção, que aos negócios da guerra havia dado o nobre ministro do gabinete de 12 de maio, a cujo nome sou obrigado com profunda