entretanto, a liberdade parcial concedida a seus filhos e a nós; nenhuma outra investigação foi procedida com respeito a qualquer das partes, e o caso continuou a dormir sono profundo como o dos oito meses precedentes.
Eu, porém, padeci essa enfadonha situação de ansiosa espera, durante mais algumas semanas, quando sabendo pelas fontes mais autorizadas, que a questão poderia permanecer insolúvel ainda por um considerável período, nenhum outro recurso restou-me salvo o de fugir. Procurei assim escapar à injusta prisão que suportara durante tempo excessivo e de maneira demasiado paciente, e o consegui.
Após a viagem de costume, cheguei ao Porto no dia 2 de novembro, onde encontrei navios procedentes da Bahia, que haviam partido depois do nosso. Por conseguinte, esperava tivessem recebido informações a respeito de minha fuga, e mostrei-me apreensivo com a ideia de encontrar alguma dificuldade. Mas os meus receios eram infundados. Recorri imediatamente ao cônsul em exercício, Mr. Warr(I6) Nota do Leitor, que me esclareceu da necessidade de seguir sem demora para Lisboa. Cheguei a esta cidade ao cabo de quatro dias, e procurei lorde R. S. Fitzgerald(17) Nota do Leitor, nosso ministro, que me recebeu com a mais confortadora e delicada atenção, entrando no mérito do assunto sem perda de um só momento. Juntamente com Mr. Gambier, cônsul-geral, Sua Excelência teve a bondade de assegurar-me que o caso seria, com certeza, objeto de uma representação ao Governo Português, e que uma satisfatória compensação poderia ser obtida em face do imerecido ultraje infligido a súditos britânicos e dos sofrimentos que haviam sido impostos a mim e a minha mulher, de maneira tão irresponsável.