América pelo Amazonas, o Mississipi, o Paraná-Prata, o São Luís e São Lourenço e o Mackenzie.
Uma expedição recente opinou que as bacias do Piauí e do Amazonas são idênticas e ambas, como o Mississipi, de formação cretácea. Nem o Prof. Agassiz nem seu auxiliar, o Sr. Orestes St. John encontraram depósitos marítimos, mas esses podem não ter sido notados por uma inspeção superficial e julgaram que ambos eram originariamente de água doce. Durante o inverno cósmico, as montanhas glaciais moveram-se pelos vales abaixo, sem contudo arar o solo ou deixar as chamadas "inscrições glaciais", sulcos, estrias e bruniduras que caracterizam a ação de gelo. Cessada pelo degelo, as triturações ficam depositadas no fundo, e agora formam os arenitos estratificados, e areias soltas que repousam distintamente. Além disso acrescentem-se as formações de argila, laminadas, estratificadas, cruzadas e não-estratificadas, com linhas de saibro grosso e calhaus cuja composição é o quartzo, com frequência altamente ferruginosa. Envolvendo tudo está a argila arenosa e outrora o pastoso barro, vermelho e ocre, comum ao Brasil e à África intertropical. Ele se espalha por toda a superfície ondulosa do arenito desnudado, acompanhando todas as suas desigualdades e preenchendo seus sulcos e depressões. A cessação do inverno geológico e o desaparecimento final do gelo, formaram um vasto lago de água doce. Isto, após uma história assaz complicada, acabou por estourar o dique na direção marítima, provocou uma desnudação em escala gigantesca e desgastou a terra a até o cerne rochoso, exceto onde as camadas eram bastante fortes pata resistir. O Prof. Agassiz encontrou várias morainas bem caracterizadas e mostrou como, em vez de formar um delta, a embocadura do Amazonas sofreu, pelo contrário, usurpações do oceano. No caso do rio São Francisco, o rio avança mais depressa que o mar possa destruí-lo e o desnudamento da costa não pode ser comparado com o que se deu mais ao norte. Seu delta não se iguala em tamanho aos do Nilo, do Níger ou do Zambeze, mas é perfeitamente possível segui-lo.
O Sr. Halfeld (Relatório, p. 172) é de opinião de que ou grés ou o saibro de arenito é característica da formação do São Francisco. O rio nasce, como se viu, do planalto central de Minas. Seu material é o itacolomito ou arenito granular laminado, que parece ser o componente das porções centrais e novas regiões do continente(13) Nota do Autor Alguns comparariam esses depósitos com as vastas bacias silurianas da América do Norte. No momento faltam provas características. O Sr. Chusin (Bullelin de l'Académie de Bruxelles, VIII, 5) encontrou a marca de um univalve nos modernos saibros vermelhos de Minas