terra desceram a costa com o Calendário Romano na mão.(3) Nota do Autor
É assim que o rio de São Francisco (de Bórgia) tirou o seu nome do santo jesuíta, que fora Geral, em 10 de outubro. Assim Varnhagen atribui essa honra à pequena esquadra de cinco caravelas que, comandada por João da Nova, e trazendo a bordo o cosmógrafo Américo Vespúcio, partiu de Lisboa em meados de maio de 1501.(4) Nota do Autor Não deve ser confundido com o pequeno rio São Francisco, na província de Santa Catarina, porto também descrito pelo autor das Notícias (cap. 66). É bom não confundir com o que existe na Califórnia, dando-lhe o nome de San Francisco, em vez do português São Francisco.(5) Nota do Autor O rio em breve chamou a atenção dos que moravam à beira-mar. Tal como o Nilo e o Congo, ele corre durante a estação seca e a chuvosa, o que basta para excitar naqueles dias a maravilhosa qualidade.(6) Nota do Autor Aventureiros que resolveram solucionar o grande mistério, e que provavelmente haviam tido conhecimento do então abundante pau-brasil, subiram rio acima até chegarem às grandes cachoeiras naqueles dias. O protomártir foi um Sebastião Álvares, de Porto Seguro, que foi enviado como explorador da capitania de Pernambuco, por Luís de Brito de Almeida, que sucedeu a Duarte Coelho de Albuquerque.(7) Nota do Autor Após quatro anos de viagem ele, mais vinte de seus homens, força insuficiente, foram massacrados - houve muitas excursões sangrentas nessas regiões. Depois João Coelho de Sousa subiu mais de cem léguas acima da cachoeira e publicou um roteiro, hoje de alto interesse.
Contratamos dois novos homens para guiar-nos na "frágil" canoa que eles consideraram "violenta e banzeira".(8) Nota do Tradutor Observamos curiosamente os contrastes entre o novo rio e aquele que acabávamos de deixar. A água era aqui de um verde transparente como o imenso Zaire. Dizem que é mais pesada, quando bebida, que a do rio das Velhas; os afluentes, muitas vezes tão profundamente inseridos na corrente principal que se tornavam agora inofensivos, eram nítidos, especialmente quando drenavam pequenas lagoas laterais. A água parecia romper até do barro pegajoso que em certos trechos estava invadindo-o. As coroas eram ora meros bancos de areia, linhas de cascalho ou seixos, ou revestidas com o arindá que, em certos lugares, atinge vinte pés de altura. O gado, aqui a maior produção, faz delas seus abrigos prediletos. O barreiro, ou lambeduras de sal, criva as margens, mas perdemos os sinais de alumínio que distinguiam o rio das Velhas. As margens eram marcadas, com degraus pelas enchentes sucessivas, e quando não eram cortadas pelos riachos, ficavam acima da marca da corrente de água. Em certos lugares havia montões de arvoredo caído e amontoado. Formavam camadas às vezes de três a quatro