provado, devem ter levado uma vida de migração, nada se pode dizer ao certo; talvez provenha realmente sua origem das Guianas, ou se tenham desligado muito mais tarde dos outros componentes da tribo dos bacairis.
Mas ainda que surja a hipótese de se procurar a pátria dos caribas ao sul das Guianas — e me sentirei feliz se outros forem mais bem-sucedidos do que eu — espero que já se considere a matéria aqui exposta como suficiente para distinguir, comigo, três épocas históricas:
I — A dispersão das tribos Nu; o domínio dos aruaques nas Pequenas Antilhas.
II — O desenvolvimento do poder dos caribas e a conquista das Ilhas por eles realizada.
III — O avanço dos tupis para o norte, sendo que, em parte, quase ao mesmo tempo do fenômeno do período II.
Depois vieram os europeus.
O quadro etnológico que encontramos no Xingu foi europeu em todo o sentido da palavra, o que se verifica através do próximo capítulo, sobre o consumo da banana; o fato de não termos encontrado essa fina fruta no Xingu permite-nos afirmar que, além da linguagem, ela constitui a única possibilidade de firmarmos alguns pontos de apoio no estudo desses homens da idade da pedra.