O Brasil Central. Expedição em 1884 para a exploração do Rio Xingu

N.° 19 — 25 de setembro.

Pedra granítica, de granulação fina, provavelmente uma sedimentação em gneisse de dicroíto. O quartzo está mal desenvolvido, a mica forma pequenas peças maiores, porém, que o feldspato. Um grão engastado nessa pedra tem 9mm de diâmetro.

N.° 20 — 26 de setembro.

Granito contendo hornblenda, de granulação grossa, pode a ortoclasita alcançar 15 mm de diâmetro, ao passo que o plagioclásio permanece inferior a essa dimensão. A quantidade do quartzo é relativamente grande.

N.° 21 — 29 de setembro — Dois fragmentos.

Pedra de granulação fina, onde se reconhecem pequenos cristais de augita e de um plagioclásio que aparecem, entretanto, não como "grãos" isolados e sim como tendo-se desenvolvido mais um pouco do que os outros que constituem essa massa. Vestígios de pirita também se notam. A pedra tem uma camada de decomposição parda. Pode-se designar como diabásio.

N.° 22 — 1 de outubro.

Diorito de granulação fina.

N.° 23 — 4 de outubro.

Quartzito feldspático, um tanto gretado e solto com camadas finas de mica (Pedras semelhantes aparecem como formações transitórias entre xistos micáceos ricos em quartzo e quartzitos).

N.° 24 — 4 de outubro.

Granito gnéissico, contendo hornblenda e de granulação fina. É somente num ponto que aparecem camadas de escamas micáceas e cristalitos de hornblenda em intervalos de 3mm. De resto aparecem tão pouco que o pedaço contido numa mão tem a aparência de um granulito.

N.° 25 — 4 de outubro — Dois fragmentos.

Uma lousa de quase 40cm2 e apenas de 8 a 9mm de espessura com forte revestimento pardo parece ser a mistura de quartzo com feldspato que muda alternativamente em camadas gnéissicas e micáceas. O fragmento mais grosso, igualmente de mistura de quartzo com feldspato e pouca mica, lembra mais granito porfírio, com o que também se pode confundir o primeiro fragmento.

N.° 26 — 4 de outubro.

Diorito, no qual o feldspato forma, de certo modo, uma camada básica na qual se acham distribuídos em camadas pequenos cristais de hornblenda e mica, talvez também de turmalina. O feldspato é que aparece mais nitidamente nessa superfície um tanto desagregada, ao passo que a fratura recente tem uma coloração muito escura.

N.° 27 — 8 de outubro — Gneisse granítico.

São muito frequentes a ortoclase vermelha, coberta de vez em quando com quartzo, e plagioclases transparentes até atingir o cinzento. A mica é predominantemente escura, em parte misturada com alguns contornos esfacelados e, em certos pontos, com veios. Essa circunstância e a presença de alguma pirita se relacionam com um gneisse e não com o granito propriamente.

N.° 28 — 12 de outubro.

Gneisse granítico, contendo muita granada e quartzo. As camadas de mica são de escamas finas e formam-se em parte por pequenas lâminas espalhadas; daí aparecer pouco a granulação gnéissica.

N.° 29 — 13 de outubro (Local de acampamento).

Diorito xistoso com pouco feldspato à vista, a estrutura laminada é muito nítida devido à riqueza de escamas micáceas magnesianas ao lado do anfibólio.

O Brasil Central. Expedição em 1884 para a exploração do Rio Xingu - Página 394 - Thumb Visualização
Formato
Texto