O Brasil Central. Expedição em 1884 para a exploração do Rio Xingu

N.° 30 — 13 de outubro (Local de acampamento).

Gneisse rico em feldspato, com granada e duas espécies de mica. Finas camadas micáceas entre as camadas (de, na maioria, 1 a 2mm de grossura) de quartzo e feldspato, formando este último corpos até 9mm de comprimento.

N.° 31 — 14 de outubro (Canal formado entre as ruínas de pedras colossais).

Granito com variedades de feldspato, a ortoclasita mostra faces gretadas de 28:24mm de diâmetro. O quartzo é esmigalhado, quebra portanto com facilidade; a mica escura tem desenvolvimento medianamente forte.

N.° 32 — 23 de outubro (Estrada do Coronel).

Xisto de uma espécie de argila endurecida, ao que parece é uma capa de desagregação.

Talvez pertença ao devoniano, conhecido desde a foz do rio Tapajós, no rio Amazonas, e paleontologicamente estabelecido.

N.° 33 — 25 de outubro (Souzel).

Cantaria muito grossa, vermelha até atingir o vermelho pardacento, cujos grãos de quartzo alcançam 2,5mm de espessura.

(Idade geológica duvidosa).

O material de que é feito o machado de pedra foi classificado pelo sr. Prof. Andreas Arzruni por diabásio (V. pág. 193). O mesmo ainda diferencia as seguintes partes principais do maciço de cristais:

1) Augito em grandes cristais ou, também, em grãos arredondados, sendo que estes últimos na maioria um tanto esverdeados.

2) Hornblenda em pequenos cristais que, frequentemente, circundam como coroas os augitos. São verdes, pleocroicos (verde-amarelado e verde-azulado).

3) Quartzo em pequenos grãos na massa principal, com augitos pequenos.

4) Mica (magnésia) amontoada em grupos, na maior parte em

5) Grãos de um ferro preto (ilmenita ou magnetita).

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