até duas horas depois do meio dia, quando os índios vieram por água, a ver o que sucedia e assim andavam como bobos. Avistando-os o capitão, pôs-se na barranca do rio e na sua língua, pois um pouco os entendia, começou a falar com eles e a dizer que não tivessem temor e que se chegassem, que lhes queria falar. E assim chegaram dois índios até onde estava o capitão, que os amimou e lhes tirou o medo e lhes deu o que tinha, dizendo-lhe que fossem chamar o chefe, que lhe queria falar, e que o mesmo nenhum receio tivesse de que lhe viesse a fazer algum mal. Tomaram os índios o que lhes foi dado e logo foram dar o recado ao seu senhor, que veio logo mui luzido aonde estavam o capitão e os companheiros, que o receberam muito bem e o abraçaram, mostrando o próprio Cacique sentir grande contentamento pela boa recepção que se lhe fazia. Logo mandou o capitão que lhe dessem de vestir e outras coisas, com as quais ele muito se alegrou, e depois ficou tão contente que disse ao capitão que visse de que tinha necessidade, que ele lhe daria, ao que o mesmo lhe respondeu que apenas o mandasse prover de comida, que de nada mais precisava. E logo o Cacique mandou que os seus índios trouxessem comida, e com muita presteza trouxeram abundantemente o que foi necessário, de carnes, perdizes, perus(2)Nota do Tradutor e pescados de muitas qualidades. Muito agradeceu o capitão ao Cacique e lhe disse que fosse com Deus e que chamasse a todos os senhores daquelas terras, que eram 13, porque queria falar a todos juntos e dizer o motivo da sua vinda. Embora dissesse que no dia seguinte viriam