todos, e que ele os ia chamar, ficou o capitão dando ordens sobre o que convinha a ele e aos seus companheiros, dispondo sobre as vigílias para que, tanto de dia como de noite, houvesse muita cautela para que os índios não nos atacassem nem houvesse descuido ou frouxidão por onde tomassem ânimo para nos acometer de noite ou de dia.
No dia seguinte, à hora de vésperas, veio o Cacique trazendo consigo três ou quatro senhores, que os outros não puderam vir por estar longe, e que no outro dia viriam. Recebeu-os o capitão como ao primeiro e lhes falou longamente da parte de Sua Majestade, e em seu nome tomou posse da terra; e assim o repetiu com os outros que vieram depois a esta província, que, como disse, eram treze.
Vendo o capitão que estavam em paz consigo os senhores e gente da terra, satisfeitos com o bom tratamento, tomou posse da mesma em nome de Sua Majestade. Isto feito, mandou reunir os seus companheiros, para falar-lhes sobre o que convinha à sua jornada e salvamento e às suas vidas, fazendo-lhes um longo discurso, animando-os com grandes palavras. Terminado este arrazoamento, ficaram todos muito contentes por ver a boa disposição do capitão e com quanta paciência sofria ele os trabalhos em que estava, e também lhe disseram muito boas palavras e com as que o capitão lhes dizia andavam tão alegres que não sentiam o trabalho que faziam.
Depois que os companheiros se refizeram algum tanto da fome e trabalhos passados, vendo o capitão que era necessário providenciar para o futuro, mandou chamar a todos os seus companheiros e lhes tornou a dizer que bem viam que com o barco e canoas que levávamos, se Deus fosse servido guiar-nos até ao mar, neles não podíamos sair com segurança. Era, portanto, preciso procurar