de fronteiras políticas nasciam, conjuntamente com as tendências políticas, de interesses econômicos, tal como os prélios econômicos modernos se enredavam em tendências políticas.
Enquanto a vida colonial foi o período de mobilidade das fronteiras políticas, a vida moderna foi e é o período de mobilidade das fronteiras econômicas.
O uti possidetis e a liberdade de navegação são as soluções universais dos problemas amazônicos.
O uti possidetis é o índice do problema político, a liberdade de navegação o índice do problema econômico.
O uti possidetis, sob as definições modernas dos tratados, abundava numa herança e tradição coloniais.
A liberdade de navegação, sob as definições de leis, decretos, regulamentos, tratados e convenções, é uma ruptura com o passado colonial.
Era necessária a conciliação dessas duas fórmulas.
Havia antes uma circunscrição rígida de todos os problemas pelo problema político. À delimitação política correspondia, ipso facto, a clausura do Amazonas. A expansão política dominava a expansão econômica, daí o aplicar-se a esta uma fórmula própria daquela.
Urgia defini-las independentemente. A expansão econômica tornou-se nos tempos modernos autônoma da expansão política.
Essa autonomia se manifestou pela evolução do princípio da liberdade de navegação, aplicado ao Rio Amazonas.
A história dessa evolução é árdua e longa. Aos múltiplos conflitos de interesses, ideias, pretensões aplicaram-se múltiplas soluções.
Estudado o assunto mais de perto, aparecem as características gerais desses conflitos e soluções.