A liberdade de navegação do Amazonas

Promover o povoamento de homens de cor, nas margens do rio.

O ódio e o preconceito racial dos americanos pelos africanos seriam meio eficaz de diminuir a tentação dos estrangeiros a colonizar um território onde a mescla de raças seria uma quase condição.

Obstáculos de religião e raça, eis os primeiros instrumentos de oposição.

Intensificar a colonização de nacionais enviando para diversas direções da região tropas e soldados de preferência solteiros para constituírem família. Para esse fim se facilitaria o licenciamento.

Para os soldados que se estabelecessem na região e cultivassem as margens do rio se concederia baixa.

Atribuir ao Estado as margens do rio e os terrenos e matos contíguos.

A condição do seu usufruto, pelos particulares, seria a exclusão de estrangeiros, para favorecer neles a formação de núcleos nacionais.

A venda de terras dependeria de licença do Estado.

São estas, pois, medidas de ordem transcendente, como as religiosas; de ordem demográfica, como as racionais e de povoamento militar; de ordem agrária, como as referentes à distribuição de terras.

Para a segurança direta do território, bastariam a construção de fortificações e estaleiros nas margens fluviais, o estabelecimento de uma estação naval de navios de guerra disponíveis.

Para a segurança indireta cumpriria, primeiramente, consolidar a união das províncias do Pará e Amazonas com o Império; em segundo lugar, negociar sobre os limites setentrionais do país para sua determinação, no mais breve tempo possível.

A liberdade de navegação do Amazonas - Página 277 - Thumb Visualização
Formato
Texto