A liberdade de navegação do Amazonas

III

O OBJETO DESTE ESTUDO

Fixados precariamente, ao menos em suas linhas gerais, os limites políticos na Bacia Amazônica e, findo, por conseguinte, o período característico da mobilidade das fronteiras políticas, começava, com a era da independência do Brasil, o período em que a mobilidade das fronteiras econômicas entrava a surgir como fator primordial dos conflitos externos e internos da navegação do gigantesco rio.

O ingresso do Brasil, no seio das nações independentes, foi, não só uma afirmação da sua personalidade política, no campo da vida internacional, mas também uma afirmação, em face da consciência nacional, de sua grandeza e valor.

Exerciam essas duas afirmações mútua influência, pois aquela foi um resultado da consciência nacional, e esta um robustecimento dessa mesma consciência.

O dinamismo da independência dirigiu as forças vitais do país, para seu desenvolvimento.

Os homens de Estado, com ideias mais largas e com maior espírito de responsabilidade, entraram a se preocupar do progresso e aproveitamento econômico do território.

Uma das regiões mais promissoras era o Amazonas, berço flutuante de lendas, planos e grandezas sonhadas.

Ao lado da preocupação dos estadistas, outro fator poderoso ocorreu para criar novo período na história da navegação do rio-mar: a ambição das nações estrangeiras, ávidas de riquezas que a independência veio quase, por assim dizer, revelar ao mundo, depois de escondidas terem jazido à sombra da submissão colonial.

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