À margem da História do Brasil

Mas, depois de 1580 se transmuta a situação, rapidamente, e, embora com muito acerto, tenha a Espanha conservado em seus postos as autoridades portuguesas, compreende-se a diversidade de situações então criadas.

E tanto assim foi, que Affonso de Taunay acaba de apresentar provas robustas nesse sentido, apoiado em documentos espanhóis (inéditos vários deles, copiados dos arquivos de Sevilha) recentemente apenas tornados públicos. Observo, todavia, ao leitor, a isenção de ânimo desse autor, por isso que não foi por ele sustentada a tese a que me venho referindo aqui sobre o benefício daquela influência castelhana em terras brasileiras, preso que ficou naturalmente o seu espírito, tão somente, à descrição cronológica paciente dos eventos.

Abundam as provas. Compendiou-as Affonso de Taunay em seus dois volumes últimos, tomos primeiros de uma obra em plena realização (Hist. Geral das Bandeiras Paulistas, I, II, 1924-1925). Convém, especialmente, fixar as mais importantes. Visita em 1603 de vila-riguenhos a Piratininga para ajustarem a conservação de um caminho comum entre as duas povoações; contato interessantíssimo entre Luís de Céspedes Xéria (1628) e os bandeirantes paulistas, acompanhado que por eles foi até até Guairá