À margem da História do Brasil

paulista naquelas direções, tornada comum a espanhóis e portugueses, a trajetória natural do próprio Tietê. Avultam os documentos na obra de Taunay: são espanhóis os primeiros rudimentos da cartografia de São Paulo, como é dessa origem o relato interessantíssimo de Céspedes, descrevendo a sua viagem ao Paraguai por terra, facilidade permitida pelos paulistas em consequência dos próprios papéis oficiais portugueses por ele trazidos de Lisboa e Rio.

Mas, no entanto, abruptamente, rompe-se depois a corrente sulina. E há nisso uma data singularíssima.

É o século XVII, de fato, a grande centúria das bandeiras, mas interessante é notar a variação de direção da ousadia dos bandeirantes acentuadamente para oeste e para o sudoeste até a grande derrota sofrida em Mbororé (1641) à margem direita do Rio Uruguai (território hoje argentino); ela passará depois a ter como direção especialmente o norte (Mato Grosso e Minas Gerais) a mesma, em suma, proximamente esboçada com energia nas tentativas audaciosas de Braz Cubas e Glimmer.

Os nossos historiógrafos haviam observado a mudança daquela orientação. Especialmente Rocha Pombo, que nela insistiu. Outros acentuaram, por outro lado, a anomalia do sertão de Mato Grosso haver sido devassado antes das terras