A sua consagração veio, de fato, lenta, sonegado que foi o seu verdadeiro perfil pelo 2.° Reinado. Há disso dois exemplos eloquentes, pelo silêncio com que foram recebidos. Mello Moraes, sem coragem por certo de assinar o primeiro esboço de sua biografia, atribuiu as notas coligidas por ele impressas a um amigo anônimo... E Homem de Mello (1858, Esboços Biographicos) compondo um perfil honesto e vigoroso do regente, viu-se isolado, sem aplausos ou adesões no silêncio estéril de páginas não citadas.
A reabilitação, trouxe-a em verdade a República. Suetonio, no mesmo livro em que apostrofou o reinado com veemência pouco limpa, evocou algumas linhas essenciais de seu perfil. Joaquim Nabuco compreendeu e elogiou a experiência política audaciosa da Regência, distribuindo então, galhardamente, uma parte grande da glória ao ânimo viril do padre ousado de Itu. João Ribeiro viu nele personificada a energia de seu tempo. Euclydes, salientando o valor de sua obra, num momento sobremodo crítico de nossa evolução, focalizou melhor ainda a sua glória, afirmando então lembrar o padre como herói providencial carlyleano. Oliveira Lima endossou, por sua vez, o elogio, justificando-o com a sua autoridade equilibrada. E Eugenio Egas (1912), lamentando que um escritor vigoroso não tivesse tomado ainda o encargo do estudo do grande vulto,