À margem da História do Brasil

Certo, ele quis o matrimônio. Por largo tempo, antes de ser governo, bateu-se denodadamente pela inumação corajosa. Mas era austero. Não advogava, nesse ponto, como Luthero, a sua própria causa. Lembrava-se apenas de ser um filho espúrio e queria, com o casamento, moralizar o próprio clero. Então, invocava a seu favor a opinião, através da história, de muitos maiorais da Igreja, antes da decisão em contrário vitoriosa de Hildebrando.

E, como se não bastasse tanta clareza em suas ações para definir o seu caráter pragmático de homem afeito às asperezas dos embates rudes da vida, com o senso vivo das oportunidades que devem ser aproveitadas, ele deixou por escrito a sua própria divisa, o melhor dos epitáfios que lhe poderia ser em suma dedicado: "Sem ordem, não há governo: sem justiça, não há liberdade."