como nenhum outro, ao serviço de sua pátria. Sem descendentes, ele era temível, por não estar com a atenção desviada para os carinhos da família. Sem ascendentes — filho espúrio que fora do amor — ele era temeroso pela independência selvagem com que agia.
Por tudo isso, a sua função pôde ser definida como a de um verdadeiro "excitador" de homens. Preparou, insuflou, eletrizou e procriou mentalidades políticas com o contato social de sua austeridade enérgica. Depois, retirou-se. Quando pensaram — ou fingiram acreditar — os homens de seu tempo ver, na sua permanência como governo, uma razão robusta para a continuidade da luta fratricida ao sul, ele abandonou a chefia com a mesma dignidade desprendida com que a recebera. E isolou-se. Reapparece em 1842, endossando uma causa de todo ingrata. Preso por Lima e Silva — cujos detalhes da cena dolorosa foram exumados recentemente por Vilhena de Moraes — sofre depois do governo vexames inomináveis durante a trajetória estouvada de seu degredo até Vitória (Espírito Santo). Defende-se, pouco depois, a custo, paralítico e de voz sumida, falando sentado no Senado. Morre em 1843, baldo de recursos, sem poder gozar a pensão que lhe fôra concedida depois do muito que sofrera, quando lhe sonegaram os seus vencimentos de senador.