À margem da História do Brasil

O processo de 1842 carece ainda de revisão histórica. Evitou o assunto Eugenio Egas (1912), o compendiador cuidadoso e inteligente da biografia de Feijó. A causa política foi, de fato, por demais ingrata. Todavia, não se pode ler o que disseram Feijó e Vergueiro — dentro do Senado — sem respeitar a coragem com que não se desdisseram de seus atos ou sem lamentar a covardia com que foram tratados pelo governo depois de feitos prisioneiros.





"O homem não é mais do que a natureza atingindo a consciência de si mesma". A frase é de Elyseé Reclus. Melhor seria, porém, aplicá-la especialmente aos chefes de outros homens, aos orientadores das massas humanas, aos propulsores de seus sentimentos ou aos realizadores de suas próprias necessidades. O conceito pertence, porém, ao século XIX. E pertence-lhe ainda a proposição complementar inversa: o próprio solo — com todas as suas características individualizadas — constitui a estrutura fundamental, a ossatura basilar dos organismos sociais.

A primeira afirmação define a complexidade da função que liga o homem ao solo; a segunda amplia o conceito, alarga a compreensão do grau de complexidade daquela relação de meio e exige a