aceitação dos superorganismos — imagem amplificada dos organismos estudados na história natural.
O Brasil endossa melhor do que qualquer outro país a necessidade dessas duas asserções: a influência esmagadora da segunda em todo o seu conceito geográfico moderno e os empecilhos graves da evolução histórica que retardam no homem o domínio da parcela do planeta que lhe foi dado como pátria.
Mas o século XIX foi além. Balanceou a própria história dos povos. Compreendeu e explicou os simplismos contumazes dos historiadores tarados de preconceitos, dos cronistas ingênuos ou dos comentadores enfatuados — e acabou descobrindo um paradoxo formidável e imenso.
Fixou-o, melhor do que outros, o verbo claro de Gustave Le Bon: "dificilmente imaginamos a existência de um povo governado por suas próprias realidades em vez da invocação às ilusões religiosas, políticas e sociais; basta lembrar (acrescentou) não haver exemplo disso na história"...
Desse modo, historiógrafos, críticos, políticos e comentadores, trocando as realidades pelas ilusões, esquecem-se, muitas vezes, das forças ocultas e anônimas que forjam a verdadeira resultante dos destinos dos povos. Daí, as fantasias, os elogios fáceis aos governantes ou as críticas — não menos aligeiradas — de que são vítimas constantes