À margem da História do Brasil

em missões civilizadoras do continente... mediam forças em represálias vigorosas contra os vizinhos...



A crise de 1864



O mal do oficialismo prolongado fez com que o "Brasil se formasse às avessas, começasse pelo fim", observou recentemente com displicância culta Tristão de Athayde, numa enumeração larga e interessante em que, entre outras, foi compendiada a nossa situação esdrúxula de "termos bancos antes de termos economia".

Os historiógrafos silenciam, em geral, sobre essa crise violentamente irrompida, no Rio, com a falência de casas bancárias fortes, com o retraimento do comércio, o pânico, a desconfiança, a dúvida e o mal-estar subsequentes.

Os compêndios de história financeira nunca a analisaram em seus devidos termos: sempre apresentada como um desequilíbrio meramente financeiro, um ponto máximo de circulação de numerário depois da pletora anterior que permitira a eclosão artificial de vários bancos. É a opinião de Carreira; como fora a da comissão do inquérito de 1865; como é a de Amaro Cavalcanti ou a de Pandiá Calogeras, recentemente. Em suma, nenhum deles esclareceu o assunto tratado por Antonio Ferreira Vianna no próprio