ano da crise (A crise cornmercial do Rio em 1864): são relatados os remédios urgentes, os recursos com que o Banco do Brasil interveio em socorro da própria praça. As causas estão, porém, veladas ou, quando muito, medrosamente esboçadas.
"A crise veio de um grande número de operações mal concebidas; de empresas temerárias; do jogo dos fundos públicos; das ações das companhias e dos graves transtornos por que passou a lavoura".
Essa, a opinião geral daqueles expositores. Um apenas fez exceção: Mauá. Tratando do caso na exposição de motivos aos seus credores (1878), assim se referiu ao fenômeno o grande banqueiro honestamente falido: "Aos decretos gavernativos seguiu-se em curto prazo a calamidade de algumas más colheitas sucessivas, o que acarretou o "desequilíbrio" (sendo a "produção" o verdadeiro regulador das finanças do Brasil), e a "crise da lavoura", impropriamente chamada "crise bancária", estalou em 1 de setembro de 1864"...
Ali, precisamente o segredo, a chave do enigma: crise agrícola, profunda, surda, tormentosa, de que a crise bancária de 1864 foi apenas um reverbero violento.
Vinha de longe o fenômeno. Vinha de 1853, com a cessação do tráfico, com a média