os agricultores nacionais, abruptamente desprotegidos pelo governo.
A grande maioria das casas comerciais e bancárias, a cujas mãos se entregavam os fazendeiros em momentos de aperto, era de fato portuguesa. Não há estatística, mas se compreende o caso, em virtude da própria transição capitalista que trouxe a supressão do tráfico. Há, porém, uma referência sintomaticamente dolorosa por mim colhida num folheto posterior àquela época, em que o autor aproveitara as estatísticas levadas a efeito no governo de Rio Branco. Outros números não poderiam dizer com maior clareza da situação em 1876. Ouçamo-los: \"de 10.264 contribuintes do Rio ao imposto de indústrias e profissões, 1.791 apenas eram brasileiros, sendo 7.394 portugueses e os restantes 1.079 de outras nacionalidades; na estatística geral de casas comerciais do país (57.452), eram brasileiras 31.436, portuguesas 19.512 e de outras nacionalidades 6.504\". (O Governo e o povo, 1877, Boisguillebert, pseudônimo de Manuel Thomaz Alves Nogueira). Tudo isso em 1876. O que seria então em 64, em 56, em 40, ou nos dias tormentosos da Regência? E a crise continuaria. Como dizia, sob anonimato, esse mesmo folheto interessantissimo. \"a produção do café estava estacionária desde 1856, pois que nos anos de 1865, 67, 69 e 75, o aumento derivava, tão somente, da abundância