À margem da História do Brasil

de colheita sem nenhuma dilatação de cultivo de novas terras".

Mauá tinha evidentemente razão: só a produção poderia ser o regulador das finanças do Brasil. Ouro não existia mais. João VI raspara o fundo do cofre. Pedro I teve depois medo de ver a falência (tese sustentada por Armitage) estourando em suas mãos. A economia nacional era minguada. Não permitia que o ouro afluísse do estrangeiro, nem circulasse. O câmbio estava alto. Mas a economia do país insuficientemente desenvolvida, assentando com exclusividade quase no trabalho agrícola dos escravos. A crise financeira de 1864 deveria, pois, ter sido tomada como um aviso. Um aviso e um índice. Não o foi. A lição posterior de 1888 haveria de ser, como foi, por isso mesmo, bem mais séria.



Economia na história



O atraso, na história dos povos, das referências aos problemas e condicionamentos econômicos é apenas o reflexo da lentidão com que teve o homem de aguardar fosse a sua attenção voltada para os problemas econômicos e sociais. O retardo da sintetização da economia política como ciência explica, pois, a ingenuidade corriqueira das histórias dos povos, em que, por largo tempo, foram