À margem da História do Brasil

do relato, consciência social aos acontecimentos inconsciente e organicamente evoluídos.

Imaginativos de origem, por clima e por educação, falece aos brasileiros, muitas vezes, a curiosidade do entretenimento dos fatos econômicos. Daí, as fantasias históricas perigosas, ou, em outra escala, enganos não menos lamentáveis.

O logro de Rio Branco (Mossé), em 1869, o de Nabuco, em 96, o de Rocha Pombo, quase em nossos dias, são sinptomáticos: vendo a pompa da encenação parlamentar, acreditaram ingenuamente nela esses historiógrafos, sem perceberem, no entanto, que a política imperial parlamentar fôra uma miragem enganadora, sem solução, como ficaram os "problemas essenciais e decisivos da nacionalidade". Mimetismo de letras e de instituições políticas de discursos, de livros, de interpretações sociais de toda espécie. "Política e literariamente o Brasil impusera uma fisionomia própria e imperial que se destacava em toda a América. Só mais tarde, se veio a sentir como eram precários os fundamentos dessa figura e superficial a sua serenidade de traços." (Tristão de Athayde).(1)Nota do Autor

"Joaquim Nabuco foi o último momento feliz de uma raça e de uma instituição", disse continuando o discurso, o mesmo autor citado, numa