À margem da História do Brasil

afirma ser de prosperidade farta o ano de 1889 (em que foi exaurida aquela que fora até então a mais rica província do Império!) e acredita que ia ser estabelecido o padrão ouro se não fosse precipitado o regime republicano (!)...

Mais graves são talvez, ainda, as faltas por ausência... Convém especificar algumas. Não me lembro, por exemplo, de ter visto em nenhum dos nossos compêndios: confronto entre os capitais fáceis ingleses (juros baixos) no Canadá e Austrália e a carência tormentosa desses recursos no Brasil durante o século XIX; a explicação da decadência da mineração de ouro e diamante, durante todo aquele século, impossibilitado de lutar o Brasil (como fizera no tempo da madeira e da água) com as colônias inglesas da África providas de máquinas e de carvão; a descontinuidade de produção agrícola, nesse caso típico do café que veio, em ascendência e decadência, percorrendo uma zona enorme do país (Do Ceará ao Paraná).

Os historiógrafos não falam em finanças. Não contam, como fez Armitage, que Pedro I saiu do país depois da liquidação do Banco do Brasil em 1829 (Banco criado em 1809), com um passivo de mais de 18 mil contos emprestados ao Tesouro, e que o Parlamento se encerrara em 1830 sem resolver a crise de circulação. Os historiadores de finanças, por seu turno, não falam das condições econômicas. Por isso, todos viram na