religiosas da Europa central - "Antes de uma história dos jesuítas será presunçoso quem quiser escrever a do Brasil"...
Em verdade, se o ato oportuno de Pombal, expulsando os jesuítas de Portugal, não tivesse sido nefasto ao Brasil pela inconsciência criminosa, inoportuna e perigosa, com que faz secar aqui a seiva utilíssima da obra de educação e civilização levada a efeito, por toda a parte, pelas ordens religiosas, só aquele ato, dizia, mereceria repulsa veemente nossa pelo embaralhado que nos trouxe com a sonegação e expatriação de uma série notável de documentos em que ficara arquivada a penetração de um trecho vasto de nossa terra. Porque, não há negar, sem o trabalho do missionário (o jesuíta, o franciscano, o carmelita, o dominicano), não haveria de ter sido conquistado e colonizado por portugueses o tremedal amazônico, nem a zona de transição dos campos do Maranhão, nem, tão pouco, os sertões ásperos e secos do Nordeste de uma e outra banda do São Francisco.
Mas, de outro lado, logo reponta uma outra face do dédalo de nossa evolução histórica, porque, também não há negar, ficou por ser escrita até ao nosso século a verdadeira história das bandeiras paulistas, a grande epopeia da raça formada com a conquista da própria terra. Espanta, de fato, o descaso dos historiógrafos do século