João III lançou, em suma, os fundamentos da "fazenda portuguesa" (Oliv. Martins) ao norte. Portugal estaria, porém, em breve exausto; fora grande demais a glória da epopeia marítima e terrestre por nação de gentes tão escassas.
Cedo, veio a "síncope" em terras africanas (AIcacer Kibir, 1578) e com ela, logo depois, a dominação espanhola em terras portuguesas (1580). Lucrou o Brasil. Perdia o reino e ganhava a Colônia. A unificação de uma só coroa apagou o pesadelo da "raia" de 1494. As primeiras "entradas" oficiais definitivas ao norte datam, de fato, dessa época. Não havia mais o receio de invadir o alheio; e havia, de outro lado, a esperança de encontrar nas terras voltadas para o Atlântico aquela mesma fartura de ouro com que se enriquecera a Espanha ao tomar contáa da costa do Pacífico. O colono penetrava o interior e alargava a conquista da costa. As datas são sintomáticas. Não ha fugir à confissão do benefício. Notou-o um historiador robusto. É uma questão de honestidade apenas no enfileiramento das datas. "A expansão geográfica da Colônia portuguesa pelo litoral estendeu-se de Itamaracá até o Amazonas, em 32 anos, desde 1584 — conquista da Paraíba — até 1616 — ocupação do Pará; toda essa enorme região estava, desde o descobrimento, inteiramente abandonada, apesar das malogradas tentativas de