La Victoria,
7 de Aristóteles de 84/150
4 de março de 1938.
Meu caro LIMA FIGUEIRÊDO
Rio.
Venho me desobrigar, hoje, depois de tão prolongado prazo, da incumbência que me cometeste de proemiar o teu novo livro, inspirado, como o primeiro, nas tuas excursões pelas nossas fronteiras. Te remeti as nótulas que me foi possível reunir neste ermo das três fronteiras em que me encontro, sobre os íncolas do Brasil, biológica e socialmente aparentados com os outros da América do Sul, Centro América e Antilhas. A maioria deles é fruto de emigrações pré-colombianas, quiçá pré-históricas.
Penso com Pablo Mantegazza, que "clasificar en un ordem natural los indígenas de la América Meridional es uno de los más arduos problemas de la etnografia, y de tantos que lo abordaron, el más afortunado es el que ha cometido menor número de errores".
Ofereces assim à crítica do público ledor a curiosa e elucidativa relação etnográfica dos índios do Brasil.
Certo será ela apreciada pelos teus múltiplos leitores com a devida e merecida simpatia a quem empenha esforços intelectuais para publicar o que sabe e o que