apreendeu em observações perquiridoras pelos escaninhos dos lindes da Pátria, com o nobre intuito de colaboração na difusão dos conhecimentos da nossa terra e da nossa gente.
Inicias a enumeração dos elementos que constituem o conjunto dos aborígenes que povoam e povoaram a extensão do território brasileiro pelos intrépidos guerreiros Mundurucu, subgrupo Guarani, senhores do vale do alto Tapajós e subvales dos rios Pitunzi, Crepuri, Cadereri, Cabetutum e Cururu, na região que Aires de Cazal denominou Tapajônia, mesopotâmia encravada entre o Tapajós e o Xingu, que tanto seduziu o infortunado Coronel Fawcett.
É sabido que o Engenheiro Manoel Antônio Gonçalves Tocantins, descobridor da boca dos campos do Cuminá, que se estendem à falda do Tumucumaque, entre o rio das Trombetas e o Paru de Leste, visitara em julho de 1875 as aldeias dessa nação de índios e apresentou ao Instituto Histórico Geográfico Brasileiro uma copiosa memória sobre os estudos que fizera daqueles índios, formidáveis inimigos que foram dos Maué e Apiacá, e ainda o são dos Parintintin, Tapanhuna, Nhambiquara e outros desconhecidos.
Nesse tempo podia-se contar ainda uma população de cerca de 20 mil almas, entre as diversas aldeias, dentre as quais sobressaía no Cadereri a de Nicodemos, considerada pelas tradições desse lendário povo como berço do gênero humano, segundo a lenda Carú-Sacaebê.
As crônicas brasileiras mencionam a primeira missão católica entre esses índios instituída em 1797 por missionários italianos, franciscanos capuchinhos, instalada em Curi, 50 quilômetros acima de Santarém. Outros franciscanos fundaram em 1799 a missão de Santa Cruz e mais outra em Uxituba, em 1803.