E parece, pelas notícias publicadas na revista O Cruzeiro de oito de janeiro passado, que a tentativa vai surtindo efeito à margem do rio das Mortes, onde o missionário já duas vezes conseguiu transmitir àqueles indígenas a demonstração objetivada.
Oxalá possa atingir a meta colimada! E se tal acontecer será a primeira pacificação sistemática realizada contemporaneamente por missionários religiosos.
Com o grande concurso de numerário anualmente fornecido à Missão Salesiana pelo Governo Federal, como subvenção; com os óbulos do povo católico brasileiro e do povo italiano, e possível auxílio da própria congregação, tem ela elementos para a realização do propósito cristão com que pretende engrandecer os vales do Araguaia e do rio Negro, conquista moral que exaltará a Cidade Santa, que manda e orienta as Missões nos Continentes em que operam as congregações religiosas missionárias.
As Missões dominicanas são as que menos têm conseguido das simpatias governamentais. Assim mesmo, foram as herdeiras do precioso material do Posto "Redenção Indígena" do Araguaia, extinto após a Revolução por supressão de crédito.
Com sede em Conceição do Araguaia, seu chefe, o Bispo Dom Sebastião, se esforça por ministrar o batismo aos Carajá e Javaé do baixo Araguaia, e aos Caraó, Apinagé e Xerente do médio Tocantins, ofício a que se entregam em desobriga os padres congregados para a catequese naqueles afastados vales.
O próprio bispo se interna em obediência à sua evangélica missão, apostolando pela selva adentro como tive ocasião de saber pessoalmente em Conceição do Araguaia, quando por aquela cidade passei, em 1929, demandando