primeiro caso predominavam, próximo do litoral, os íncolas vindos do sertão, em três migrações diversas: "a dos Carijó ou Guarani, desde Cananéa e Paranapanema para o sul e oeste; os Tupiniquim, no Tietê, no Jequitinhonha, na costa e sertão da Bahia, na serra da lbiapaba; os Tupinambá no Rio de Janeiro, nas vertentes do baixo São Francisco até o Rio Grande do Norte, e o Maranhão até o Pará".
O centro de irradiação dessas migrações, opina o erudito e estudioso historiador, deve-se buscar na mesopotâmia entre os dois formidáveis formadores do rio da Prata.
Martins figura no seu mapa étnico o alto vale do Mamoré, tendo para centro Santa Cruz de la Sierra, estendendo-se até a região meridional dos Chiriguaná.
Bertoni é da opinião de Afonso de Freitas, que coloca o centro de irradiação da antiga migração dos "Tupi", melhormente denominada dos "Tupiná", no altiplano boliviano, que das cabeceiras altas do Madeira se estende ao Noroeste até cerca do Lago Titicaca e cabeceiras do Beni.
Couto Magalhães, em O Selvagem, afirma que os Anambé do Araguaia lhe informavam que o país de onde partiram se encontrava direito aonde o Sol se deita.
Migração premeditada e executada com o grito de guerra; "Em marcha para o Pindorama, com o itamarã (tamarana?) na mão, seremos donos do país".
O etnólogo Afonso de Freitas supõe que os primitivos brasis se originaram de dois troncos distintos. Um, autóctone (homo brasiliensi, Lagoa Santa) teve por terra natal a região da divisão das águas das bacias do Prata e do Amazonas. O outro, (tupi-guarani), baixou em tempos imemoriais do altiplano boliviano ao sudeste do lago Titicaca para o Oriente em direção ao Atlântico, infiltrando-se