dos seus antepassados, forçando cada ramo a seguir destino diferente. Aqui, porém, tocamos em terreno de controvérsias.
Mas, o que já não mais padece dúvida é a sua origem alienígena, a sua ascendência asiática e a sua marcha secular através da Sibéria e do Alasca, derivando pelo continente setentrional, atingindo as Antilhas e chegando finalmente às paragens onde focalizamos o nosso interesse atual. Essa afirmativa não exclui a hipótese de canoas errantes, vindas da Polinésia, terem aproado às praias ocidentais do continente, mas, vai ao encontro da tese que assevera ter o homem americano vindo originalmente através das ilhas do Pacífico.
Nem tão pouco há mais razão para que se discuta a grande semelhança existente na estrutura física dos aborígenes de ambos os continentes. O cabelo do ameríndio era liso, preto e rarefeito no corpo. Os olhos, castanho-escuros. A cor da pele variava do amarelo até o tom do chocolate. O rosto era considerávelmente largo em proporção às dimensões cranianas. E, mais de 90% dos selvícolas tinham os dentes incisivos em forma de pá, côncavos, particularidade raríssima entre europeus ou negros.
Com esses mesmos característicos, tanto no Brasil como nos Estados Unidos encontram-se soberbos Apolos. Encerra profunda verdade a primeira descrição do selvícola brasileiro, que registra a história. Encontra-se ela na carta que a primeiro de Maio Pero Vaz Caminha dirigiu ao Rei de Portugal, Dom Manoel "O Venturoso" (e por sobre o ombro do missivista Cabral acenava concordando): "... e uma vez que Deus lhes deu bons corpos e fisionomias boas como as de homens bons e depois para aqui nos trouxe, creio que não foi sem razão".