A conquista do Brasil

Pouco se sabe do ameríndio do planalto ou dos pampas, antes do advento da civilização, mas, pode-se afirmar sem receio de se afastar em muito da verdade que, entre os nativos da bacia amazônica, bem como entre os da costa meridional do Brasil, antes dos dias do descobrimento, havia belos exemplares de plástica humana.(3) Nota do Autor

Embora não estejamos convictos da importância que muitos antropologistas emprestam à craniometria, não podemos deixar de registar aqui o fato de serem encontradiços entre os selvagens da América, alguns dos mais elevados índices cefálicos da espécie humana; quer isso dizer, de acordo com tal escola antropológica,(4) Nota do Autor que a evolução dessas tribos se processou em eras posteriores à dos tipos nórdico e mediterrâneo.

Além de um bom físico, que outras condições trazia o selvícola, para o bom desempenho do seu papel de homem, quando se desgarrou dos seus maiorais asiáticos e veio ter às Américas à força dos seus próprios recursos?

O fato de se encontrar disseminado por todos os recantos do continente, da Patagônia a Pernambuco e da Groenlândia ao Alasca, o arco - arma predileta do selvagem - constitui indício seguro de uma introdução assaz remota. Entre os traços de cultura cuja universal predominância é também de molde a convencer os antropologistas do seu remoto advento ao continente, citam-se: o cão, o "atira-lanças", os adornos labiais, o pau de fogo, a arte de tecer cestos e fazer cordas, a pedra lascada, e, finalmente, os abrigos que construíam

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