Nas selvas dos vales do Mucuri e do Rio Doce

ANTELÓQUIO

Entre os diversos aldeamentos indígenas do nordeste de Minas: "Imaculada Conceição do Rio Doce", Entueto, Poaia e Itambacuri, fundados na mesma época pelos missionários capuchinhos, o de Nossa Senhora dos Anjos do Itambacuri foi o único que, vencendo galhardamente provações e obstáculos de todo gênero, atingiu a meta almejada e realizou seu admirável programa.

Itambacuri é, hoje, uma bela e florescente cidade, com um futuro promissor a lhe sorrir.

Naquelas extensas e espessas matas virgens, outrora habitadas por feras e ferozes selvagens, existe hoje, graças ao sacrifício dos seus heroicos fundadores, um dos mais importantes municípios do Estado de Minas, com ubérrimas terras e inesgotáveis recursos.

Desbravada a mata impenetrável, assimilados e incorporados à vida civil milhares de índios, rasgadas estradas em todas as direções, pontilhado o vasto território de pequenas igrejas e de escolas, vive hoje, dentre de suas fronteiras, uma população considerável, laboriosa, morigerada e, sobretudo, cristã.

Ao reorganizar, há tempo, o arquivo da Ordem do Convento de São Sebastião, tive a atenção despertada por velhos papéis, cartas e relatórios que diziam respeito a Itambacuri. Após rápido exame verifiquei a importância do material existente para a história.

Nasceu daí o desejo de conhecer a cidade de Itambacuri e a ocasião se me ofereceu em julho de 1942, quando

Nas selvas dos vales do Mucuri e do Rio Doce - Página 32 - Thumb Visualização
Formato
Texto