magistério os mesmos filhos dos bugres, conseguiu afinal formar um patrimônio municipal muito acima do comum, ao mesmo tempo que estimulou a fortuna particular de seus catequizados.
Sem dúvida, este livro nos oferece uma expressiva figura de civilizador e um excelente padrão de catequese. O tempo não consegue senão realçar mais a obra de Frei Serafim. Esta obra honra sua Ordem, honra o Brasil, honra a Igreja.
O ilustre historiador mineiro, senhor Paulo Pinheiro Chagas, em trecho tão expressivo que mereceu figurar como uma das epígrafes desta obra, já fez a devida justiça à ação civilizadora de Frei Serafim, vindo retomar trinta anos mais tarde a obra iniciada por Teófilo Otoni.
Seu companheiro de hábito, Frei Jacinto, vem agora tornar pública essa missão, de tantos desconhecida, que liga o nome dessa grande figura esquecida de Frei Serafim à mais autêntica formação civilizadora do sertão brasileiro. Presta com isso um verdadeiro serviço à história religiosa do Brasil; realça os méritos dessa admirável Ordem de São Francisco em nossa terra e traz uma contribuição preciosa à história da catequese dos nossos silvícolas.
Rio - Maio de 1944.
ALCEU AMOROSO LIMA