Nas selvas dos vales do Mucuri e do Rio Doce

Sente-se bem nas igrejas que frequenta diariamente. Compraz-se em respirar o ar místico dos conventos, que frequenta a miúdo, em visita a dois tios: um franciscano da Observância e outro Capuchinho. Nessas visitas o seu coração aprecia cada vez mais a vida austera dos filhos de São Francisco.

Estuda humanidades com o Padre José Bartolotti, vigário dos mais ilustres e zelosos de Col della Noce, sendo um dócil e aplicado discípulo, manifestando, desde logo, os dotes peregrinos que lhe acrisolam a inteligência e lhe enfeitam o caráter.

Ao completar 16 anos, Afonso Censi ingressa na Ordem dos Menores Capuchinhos, vestindo o burel de São Francisco no dia 21 de novembro de 1863, e inicia o noviciado no célebre convento de Camerino, com o nome de Frei Angelo de Sassoferrato, sob a direção daquele santo homem que foi o Padre Frei Francisco de Loreto.

Nessa época, a Itália aspirava ao conseguimento da sua independência e unificação, e, aproveitando-se do ensejo, como sói acontecer, nesses instantes de crise, as seitas secretas desencadearam tremenda perseguição às Ordens Religiosas e, em geral, à Igreja.

Frei Angelo faz os votos perpétuos no dia 21 de novembro de 1864 e, no ano seguinte, devido às convulsões revolucionárias e à supressão das Ordens Religiosas, é obrigado a deixar a sua pátria e transpor a fronteira, aperfeiçoando-se nas ciências filosóficas e teológicas, sob a esclarecida direção do Capuchinho italiano Frei José Fidélis, ex-Definidor da Ordem.

No dia dois de abril de 1870 recebe a unção sacerdotal. Muda-se, então, para Grenoble e, depois, para Lucerna. Nos poucos meses que aí fica, aprende os elementos da língua

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