do indigente como transpor os umbrais do mais opulento palácio, a fim de levar sempre a qualquer lugar a consolação do Evangelho e o bálsamo da caridade exteriorizada na esmola do coração e do pensamento, da qual quase sempre necessitam os abastados dos bens terrenos.

Mas o seu sonho não era esse: desejava transpor as fronteiras da Europa e levar o seu apostolado mais longe, onde maior fosse a necessidade. Assim, a 18 de janeiro de 1871, o Reverendíssimo Procurador Geral, Frei Roque de Cesinal, chama-o a Roma, onde o encontramos, a seu pedido, para se preparar melhor, e seguir a seu tempo, para as missões do Chile.

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VI - Quanto ao companheiro de Frei Serafim, era magrinho de corpo, ossudo e forte, de estatura regular, com uma longa barba, de olhos pequenos e vivos, testa larga e andar vagaroso. Ostentava, quando o conheci, algo do vigor juvenil, amortecido embora pelos anos e pela separação do companheiro que a morte lhe havia arrebatado.

O seu nome de batismo fora Afonso. Nascera a dez de abril de 1846, em Col della Noce, pequena freguesia de Sassoferrato, a cinco léguas da cidade de Ancona. Foram seus pais Lourenço Censi e Balduína Garofali, casal pobre, mas muito piedoso, conforme acentuava o próprio Frei Angelo.

Na região das Marche d'Ancona, a piedade era, naquela época, o apanágio de quase todos os habitantes. A prova, temo-la nas suas igrejas e na sua história. Raras são as igrejas que não tenham a felicidade de guardar o corpo de um mártir ou de um santo, naqueles ermos recantos.

Afonso Censi, educado cristamente, tem a boa semente lançada desde cedo na alma, como em terreno mui propício.