Mucuri, o Governo resolveu cuidar dos silvícolas e confiar a catequese dos mesmos aos padres missionários Capuchinhos.
Na introdução ao relatório do Diretor Geral, Antônio Luiz de Magalhães Mosqueira, apresentado ao Excelentíssimo Conselheiro José Fernandes da Costa Pereira Junior, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, informando acerca dos serviços da catequese dos indígenas a cargo dos missionários Capuchinhos, iniciada em meados de 1873, antes de relatar com louvores os primeiros trabalhos e as medidas iniciais, tecendo elogios aos missionários, relembra o passado de sangue, vinganças e ódios entre indígenas e civilizados:
"Para que Vossa Excelência possa avaliar a sabedoria das medidas tomadas pelo Governo, nesta província em relação à catequese dos aborígenes dela, é bastante consultar-se os meus antecedentes relatórios dirigidos ao Governo Provincial e os ofícios, cujas cópias devem existir na Secretaria do Ministério a cargo de Vossa Excelência, e, por estes documentos, se vê que, sem me referir aos acontecimentos havidos durante as administrações dos meus antecessores, nesta Diretoria Geral, e sim unicamente aos ocorridos durante a minha, que teve princípio em setembro de 1869 até maio de 1872, em que se deu começo a catequese nas margens do Rio Doce, e em setembro do mesmo ano no Mucuri; o número dos indígenas mortos, ora por nacionais, ora por discórdias havidas entre eles, excede de 800, e isto além de famílias inteiras de posseiros, que, tendo penetrado nas matas com o fim de lá se estabelecerem, fascinados pela uberdade das terras e por se acharem elas devolutas, desapareceram naqueles sertões, sem que ninguém pudesse dizer o que foi feito delas!...