Evolução do povo brasileiro

Essa circulação ferroviária está longe, contudo, de bastar às necessidades do país, não só pela sua grande insuficiência, como pela irregularidade da sua distribuição. Do total de 28.553.316 metros em tráfego em 1920, pouco mais de 77% favorecem exclusivamente a zona do sul e somente cerca de 23% beneficiam as regiões do norte(14). Nota do Autor

Mesmo nas zonas do sul, a distribuição não é regular; condensa-se em certas regiões mais ricas e povoadas, como é natural. É assim que, do total em tráfego, São Paulo possui 23,3%, Minas 23,1%, o Rio Grande do Sul 9,4% e o Rio de Janeiro 9,1%, isto é: — só quatro dos Estados do sul absorvem cerca de 65% da nossa rede ferroviária. Quanto ao norte, os três Estados mais beneficiados, Bahia, Ceará e Pernambuco, têm apenas, respectivamente, 6%, 3% e 2% de toda a extensão da rede nacional. Até 1912, há Estados, como Piauí, Goiás e Amazonas, que não têm uma polegada de trilhos; e outros, como Pará e Maranhão, de enorme território, que não chegam a possuir uma centena de quilômetros. O Maranhão, por exemplo, tinha naquela época 78 quilômetros e o Pará 45 apenas. O que tudo revela a imensidade do trabalho a realizar para estabelecermos um sistema completo de comunicação ferroviária entre os diversos centros regionais

Evolução do povo brasileiro - Página 367 - Thumb Visualização
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