do país, entre as suas diversas zonas geográficas, entre as duas dezenas de Estados.
Geograficamente mal distribuída e insuficiente, a nossa rede ferroviária, na sua expansão nestes três decênios republicanos, denuncia, entretanto, um pensamento superior, não tanto de circulação propriamente dita, como de articulação das diversas regiões do país. No seu rápido esgalhar para o norte e para o sul, na sua inflexível projeção para o âmago dos nossos sertões, sente-se que a ideia que a anima é, antes de tudo, a de prender nos seus tentáculos de aço as diversas porções dissociadas da nacionalidade. O pensamento da sua expansão é, pois, menos econômico do que político.
Sobre esse ponto, nada mais sugestivo do que essa grande preocupação de reunir os diversos sistemas ferroviários do país num único e vasto sistema, preocupação que domina da maneira mais insistente o espírito dos estadistas republicanos.
Há, como se sabe, em nosso país, cinco sistemas ferroviários perfeitamente distintos e autônomos:
1º — o sistema pernambucano, compreendendo as estradas pernambucanas, paraibanas e alagoanas;
2º — o sistema baiano, a que pertencem também as linhas de Sergipe;
3º — o sistema mineiro, subordinando também a viação do Espírito Santo;